Justiça Federal autoriza reajuste nas passagens de metrô de BH.
Tribunal Regional Federal da 1ª Região liberou o aumento
para R$ 3,40
Metrô de Belo Horizonte — Foto: CBTU/Divulgação |
Ficou decidido pela decisão da Justiça Federal em Brasília que a Companhia de Trens Urbanos
(CBTU) tenha o direito de aumentar as passagens de metrô em Belo Horizonte. O reajuste
seria de 88%, passando de R$ 1,80 para R$ 3,40. O desembargador Carlos Moreira
Alves que proferiu a decisão. O magistrado é presidente do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1) de Brasília, que é a segunda instância da Justiça
de Minas Gerais.
Em sua decisão, o desembargador explicou que a proibição do aumento
das passagens do metrô acumulou ano a após ano prejuízos a CBTU. Ele ainda
explicou em seu despacho que o não aumento em BH prejudica as pessoas de outras
cidades, pois elas acabam pagando pela operação do sistema aqui em BH.
Leia parte do despacho de desembargador.
"Oportuno mencionar que a
companhia não consegue cobrir nem 50% dos custos da operação com recursos
próprios. Na realidade, com custos e despesas que somaram R$ 1,24 bilhão em
2017, e face à arrecadação tarifária de apenas R$ 160 milhões, significa que a
receita da CBTU cobriu menos de 13% do custeio, gerando uma necessidade de
subvenção para custeio aportada pelo Tesouro Nacional de R$ 931 milhões em
2017, e ainda deixando um prejuízo de R$ 148 milhões.
Assim, o ônus de funcionamento da CBTU tem recaído sobre todos os contribuintes, inclusive sobre aqueles que residem e trabalham em outros estados e que jamais se beneficiaram ou se beneficiarão dos serviços prestados pela CBTU, uma vez que os custos são cobertos por meio de subvenções do Tesouro Nacional, cujo valor, em 2016, foi de R$ 851 milhões e, em 2017, foi de R$ 931 milhões, conforme aludido."
Assim, o ônus de funcionamento da CBTU tem recaído sobre todos os contribuintes, inclusive sobre aqueles que residem e trabalham em outros estados e que jamais se beneficiaram ou se beneficiarão dos serviços prestados pela CBTU, uma vez que os custos são cobertos por meio de subvenções do Tesouro Nacional, cujo valor, em 2016, foi de R$ 851 milhões e, em 2017, foi de R$ 931 milhões, conforme aludido."
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